Gerenciamento de Crise com a participação da ABRAPAVAA
Em 30/3, a CEO da Cosafe LATAM, Ana Flavia Bello, se reuniu com Sandra Assali (Presidente da Abrapavaa), Waleska Fortini (Gerente de Resposta a Emergência – LATAM Airlines) e Fernando Ennes (Gerente de Continuidade do Negócio – GOL Linhas Aéreas), para falar sobre como uma organização se comunica assertivamente com os diversos públicos, após um desastre em massa.
Sandra Assali contou a experiência de perder o marido em um acidente aéreo e de não haver nenhuma ação efetiva por parte da empresa, pois na época não existiam procedimentos com relação aos familiares. Foi assim que surgiu a ABRAPAVAA, uma associação brasileira que apoia parentes e amigos de vítimas de acidentes aéreos. Os 25 anos de atuação trouxeram muitas conquistas e mostraram como é essencial o estabelecimento de um espaço de
diálogo aberto, com a presença da alta gestão.
A construção desse relacionamento com as empresas aéreas e a latente necessidade de se tratar do tema, culminou na organização,
pela ABRAPAVAA, do “I Congresso de Gerenciamento de Crise e Assistência aos Familiares de Vítimas em Eventos Traumáticos”, ocorrido em 15 e 16/3. O evento contou com a presença de representantes das principais companhias aéreas brasileiras e de autoridades públicas e proporcionou debates ricos, sensibilização e grandes oportunidades de melhorias. Sandra argumenta: “precisamos dessas trocas para criar algo mais coeso na tratativa dos familiares”.
Waleska Fortini explicou que assumir a responsabilidade diante de um incidente de grandes proporções não é exatamente assumir a culpa. Ela diz que “responsabilidade é conscientizar, em épocas de
paz interna, sobre a necessidade definir e testar os procedimentos de atendimento à familiares”. E no momento em que algo acontecer, ter conhecimento da capacidade de resposta e de recursos e seguir um plano de comunicação unidirecional, no qual a empresa se manifeste minutos depois do ocorrido e se posicione como fonte oficial de informações.
Fernando Ennes discorreu sobre a contínua preparação
das equipes para a efetiva aplicação do Plano de Resposta a Emergência. Ele também comentou sobre como hoje a cultura de segurança está muito mais sólida, se comparada a 2 décadas atrás. Isso se deve às melhorias nos sistemas, processos, tecnologia embarcada, qualificações, etc. Os acidentes vêm reduzindo a cada ano, principalmente entre as empresas certificadas pela IOSA. Ele diz: “trabalhamos muito para que não ocorra. Mas se ocorrer, nós sabemos o que fazer”.
Foi consenso que a segurança no setor aéreo não é um trabalho individual: é necessário unificar o setor, as entidades e a sociedade. Quanto mais integração houver em prol do mesmo objetivo, melhores resultados serão colhidos.
Assista na íntegra:
https://lnkd.in/d5WuiXMr
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