Até aquele momento, a única informação que possuíamos era a certeza de um Seguro Obrigatório – RETA, no valor de R$ 14.000,00 e um difícil processo indenizatório na Justiça que poderia se arrastar por muitos anos.
E foi por volta do ano de 1999/2000 que elaboramos um Projeto para a existência no Brasil de um Órgão nos moldes dos EUA – NTSB – Familly Assistance e ICAO – Circular 285, que nos amparasse com apoio psicológico, jurídico, médico, financeiro, etc.
Em 2001, fomos convidados pelo Congresso Nacional para apresentarmos esse Projeto pois, estava sendo preparada uma substituição do DAC pela ANAC. A partir daquele ano, o Brasil passou a contar com um “Plano de Assistência aos Familiares de Vítimas de Acidentes Aéreos” enquanto DAC e, em seguida, substituído em 2005, pela IAC 200-1001 da ANAC.
Vivenciamos o acidente da GOL 1907, de 29 de setembro de 2006, com 154 vitimas fatais. Acidente esse, que fez com que a ABRAPAVAA permanecesse o tempo necessário, hospedada com os familiares em Brasília e, por solicitação dos mesmos, passou as primeiras orientações sobre seus direitos e, principalmente, prestou apoio e solidariedade necessários, uma vez que nós que já vivenciamos experiência semelhante sabemos bem quais são.
Em 2007, época em que vivíamos o “Caos Aéreo”, vivenciamos o trágico acidente TAM 3054 em 17 de julho, com 199 vitimas fatais no Aeroporto de Congonhas. Um acidente considerado como “uma tragédia anunciada” e, novamente, a ABRAPAVAA permaneceu o tempo necessário junto aos familiares com a mesma prioridade de apoio e sensibilidade por uma nova tragédia tão dolorosa e difícil quanto ao GOL 1907.
Em junho de 2009, após o acidente da Air France, o AF 447, com 228 vitimas fatais, sendo 57 brasileiros, a ABRAPAVAA foi solicitada entre os familiares para que fosse ao encontro dos mesmos, que permaneceram hospedados no pós-acidente no Rio de Janeiro, para que pudesse prestar as primeiras orientações e logicamente, nossa solidariedade. E lá estivemos.
Alguns meses após, mais precisamente em setembro de 2009, a ABRAPAVAA foi convidada pelos familiares das vítimas francesas para que fossemos a Paris para orientá-los na Fundação da Associação das Famílias das Vítimas do AF-447. Fomos ao encontro dos mesmos, participamos de várias reuniões, conhecemos os órgãos responsáveis e, estivemos em reunião com a Air France. Após uma semana de trabalho, retornamos com a Associação fundada por lá.